Bahia exporta menos, mas fatura mais

Estimuladas pela valorização das commodities, principalmente soja e minérios, as exportações baianas somaram US$ 925 milhões em junho, 55,4% superior ao mesmo mês do ano passado. É o melhor resultado para o mês desde 2011 e o da série histórica desde dezembro de 2018, quando alcançaram US$ 988,6 milhões.

No acumulado do primeiro semestre, as exportações baianas somaram US$ 4,41 bilhões, 20% acima de igual período de 2020. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A alta das exportações em 2021, segundo a SEI, vem da retomada da atividade econômica no mundo.

Além da continuidade de crescimento das vendas para a China (40,5%), as exportações tiveram impulso em regiões que tinham reduzido as compras de produtos baianos durante a fase aguda da pandemia em 2020 e que agora voltaram a comprar mais, como Estados Unidos (36,3%), União Europeia (25,6%) e Argentina (30,8%).

Apesar do crescimento das vendas externas estar mais evidente entre as commodities, responsável por mais de dois terços da pauta do estado, setores da indústria, como o químico (35,8%), a metalurgia (28,2%), a de máquinas voltadas à geração de energia (3,5%), e o agronegócio conseguem mostrar mais dinamismo.

Outra característica importante são os preços. Eles estão pautando o aumento das receitas, já que o quantum embarcado ainda está 11,7% inferior ao ano anterior. O aumento dos preços médios das commodities no semestre foi de 35,7% em relação ao mesmo período de 2020.

Quando se analisam os índices de preços de exportações das commodities baianas, destacam-se cobre e ferro-ligas, com alta de 75,3%, petróleo e derivados com 58,4%, minerais com 53,7%, soja e derivados com incremento de 34,1%. Os preços das não commodities cresceram também, mas em um percentual inferior, de 28,5%.

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