Conass aponta um "excesso de mortes"

O Brasil perdeu 211.847 vidas a mais do que o esperado para o começo deste ano. O número é resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que mostra um excesso de mortalidade entre 1º de janeiro e 17 de abril.

Os pesquisadores avaliaram a quantidade de mortes naturais no período, aquelas causadas por doenças ou mau funcionamento do corpo, incluindo os de Covid. Os números foram comparados com a projeção da mortalidade a partir da série histórica de óbitos entre 2015 e 2019.

Em 2020, o excesso de mortalidade foi de 22%, com 275.587 mortes identificadas a mais do que o esperado, em números absolutos. Os dados são mais fatais para a população masculina e de faixa etária até 59 anos. Para os homens, o número esperado de óbitos era de 171.132 até 11 de abril, mas houve um excesso de 115.843 mortes.

A infectologista Ana Helena Germoglio explica que essas mortes são o reflexo direto e indireto da Covid-19. O direto são as pessoas que morreram pela doença. O indireto são as outras doenças, que tiveram o atendimento retardado por falta de leitos ou pelo medo de procurar um serviço de saúde e se expor ao virus.

Amazonas, Rondônia e Goiás são os estados que registraram os maiores excessos de mortalidade proporcional à população. Em Amazonas, por exemplo, houve um excesso de 173% no período, mais do que o dobro da média nacional. Na outra ponta está o Piauí, com 18% de excesso de mortalidade. Fonte: Brasil 61

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