Otto mente para proteger Rui na CPI

O senador Otto Alencar faltou com a verdade durante a sessão desta quarta-feira na CPI da Pandemia. Ele afirmou que não houve nenhuma investigação federal sobre a compra suspeita de respiradores, que nunca foram entregues e gerou um prejuízo milionário para os cofres do estado.

Otto disse que só houve investigação por parte da Polícia Civil, a pedido do governador, e que Rui demitiu prontamente o secretário envolvido na compra. Ele se referia a Bruno Dausler, chefe da Casa Civil do Governaor, que na verdade pediu demissão depois de denunciado pelo Ministério Público Federal.

Em junho de 2020 o processo foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que decida se processa o governador Rui Costa, responsável pela compra, já que ele tem foro privilegiado. O processo, que corre em segredo de Justiça, tramitava no Tribunal de Justiça da Bahia até esbarrar no governador.

Além da Bahia, outros oito estados nordestinos pagaram quase R$ 49 milhões por 300 respiradores negociados por Rui Costa junto a uma empresa que fabrica produtos à base de maconha e um atravessador dos Estados Unidos que não passa de uma caixa postal.

A empresária Cristiana Prestes, dona da empresa Henpcare e detida na operação, afirmou em depoimento que Dausler pediu para aumentar o preço dos respiradores e pagar propina através da contratação de um advogado amigo dele como intermediário.

A Comissão Parlamentar Interestadual de Acompanhamento e Fiscalização do Consórcio Nordeste pediu no ano passado que a Polícia Federal investigue a possível fraude na compra dos equipamentos. Em 15 de agosto do ano passado, a Procuradoria Geral da República abriu investigação contra Rui Costa.

Em 24 de novembro de 2020 o Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para apurar supostos atos de improbidade administrativa na contratação da empresa Ocean 26 Inc, pelo estado da Bahia, como intermediária da compra de 600 ventiladores pulmonares.

Os 600 respiradores deveriam ser entregues até 20 de abril de 2020. O governo pagou, no dia 30 de março, 80% do valor, cerca de U$ 8,4 milhões, o equivalente a R$ 44.824.320. Os respiradores nunca foram entregues e o dinheiro não foi devolvido.

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