Psicólogo: "Wesley não estava surtado"

O deputado e capitão da PM Alden Lopes já tinha colocado suspeita sobre os procedimentos da corporação depois que o Bope executou, com 10 tiros de fuzil, o PM Wesley Soares Góes, quando fazia um protesto contra o governador Rui Costa no Farol da Barra, em Salvador.

Alden disse que Wesley não parecia "surtado", como alegou a PM e acusou o Estado de manipular informações, provas e o local do crime. O psicólogo Gustavo Pestana também não viu "surto psicótico" em Wesley. Ele postou um texto em redes sociais onde discorda do que foi divulgado pelo governo.

"Não vejo um quadro de surto psicótico no caso do SD PM Wesley. Ele dirigiu aproximadamente 250 km até Salvador, estava com discurso orientado, escolheu um local de ampla visibilidade e não direcionava aleatoriamente seu protesto. Aparenta, a meu ver, um quadro de nervosismo, agitação e inquietação".

Para Pestana, pode ser um caso de Síndrome de Burnout. "Inúmeros profissionais da segurança pública têm passado por isso em todo o Brasil, como também, por quadros de transtorno de adaptação, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e outros quadros ansiosos".

"Entendo que as pessoas costumam negar suas fragilidades e as instituições precisam urgentemente ampliar o acompanhamento em saúde mental, pois as guerras, revoluções e pandemias têm esse efeito de desorganização mental coletiva e individual".

Capitão Alden lembrou que os PMs estão sofrendo uma grande pressão psicológica por ser obrigados a deixar o combate à cirminalidade de lado para prender trabalhadores e cidadãos simplesmente por estar na rua durante o toque de recolher, medida inconstitucional decretada pelo governador Rui Costa (PT).

Desde o início da restrição, mais de 300 pessoas foram presas, algemadas e levadas para delegacias como se fossem bandidos perigosos. O impacto psicologico nas famílias e a humilhação acabam gerando uma revolta contra a própria Polícia Militar, mesmo ela estando apenas cumprindo ordens.

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