Bahia compra 400 "capacete capacete"

A Secretaria da Saúde da Bahia adquiriu 400 unidades do que ela chama de "capacetes Helmet". Na verdade "helmet" é capacete em inglês, ou seja, a descrição do produto. Por ignorância, o governo chama o produto de "capacete capacete". A marca é Life Tech. Micos à parte, o equipamento faz uma ventilação mecânica não-invasiva.

Ele pode ser associado a um ventilador mecânico para evitar a intubação. Até o momento, 270 unidades estão sendo encaminhadas para 13 hospitais da rede referenciada para o tratamento da Covid na Bahia. O capacete, que na verdade se chama BRIC (Bolha de Respiração Individual Controlada), foi desenvolvido no Brasil pela Life Tech.

Ele pode reduzir de forma significativa tanto a inflamação pulmonar quanto o esforço do paciente para respirar, prevenindo a intubação e evitando a ventilação mecânica invasiva com alto risco. Por ser um dispositivo vedado, também diminui drasticamente as chances de contaminação dos profissionais de saúde.

A Sesab está distribuindo 150 unidades tamanho G e 120 tamanho M para os hospitais Espanhol, Metropolitano e Arena Fonte Nova, em Salvador; Regional da Chapada, em Seabra; Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana; do Oeste, em Barreiras e Regional de Santo Antônio de Jesus.

Também receberam o equipamento o Hospital Regional Deputado Luis Eduardo Magalhães, em Porto Seguro; o Hospital Regional de Jequié, o Hospital Regional Prado Valadares, em Jequié; o Hospital de Caetité; e o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus.

A estrutura do capacete permite a formação de um ambiente com pressão positiva e enriquecido com oxigênio. A maior parte do material é feita com PVC atóxico, sendo a membrana de vedação do pescoço produzida com látex ou silicone, o que garante conforto e facilidade de ajuste para cada paciente.

O criador do BRIC, Guilherme Thiago de Souza, foi o primeiro produto tipo capacete a ter aprovação da Anvisa no país e é o único com treinamento clínico e funcional adaptável em todas as infraestruturas clínicas do Brasil. Um equipamento similar já vinha sendo utilizado na Europa e nos Estados Unidos.

Guilherme destaca as vantagens do BRIC. "Melhora da oxigenação do paciente e sua recuperação, menos esforço do paciente para respirar, diminuindo o estresse mecânico sobre o pulmão; capacidade de remodelar a fibrose pulmonar, e alívio em relação à falta de ar".

O presidente da Life Tech conta que mais de 2.500 capacetes já foram comercializados e enviados a 15 estados e mais de 100 hospitais no Brasil. Em Vitória da Conquista, o equipamento já está em uso no Hospital Geral, que recebeu 50 unidades.

“Com este novo recurso, poderemos dar maior suporte ventilatório ao paciente com diagnóstico de Covid-19 durante a fase aguda da doença, sem que tenhamos que submetê-lo a intubação e aumentando expressivamente o índice de sucesso”, afirma a Coordenadora Geral de Fisioterapia do HGVC.

0:02  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


morena fm