Auxílio salário pode sair em abril

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, e o presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, Jorginho Mello, se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para alinhar demandas urgentes das micro e pequenas empresas.

Durante a reunião no Palácio do Planalto, em que foi apresentado o impacto da prolongada crise causada pela pandemia e pelo endurecimento das medidas de isolamento social, o Governo se mostrou determinado a buscar caminhos e compor com as propostas do Congresso Nacional.

“Apesar das dificuldades em compatibilizar essas medidas com o orçamento de 2021, no horizonte dos próximos 10 dias deve ser feita a edição de uma MP que viabilize a edição da MP 936/ Benefício Emergencial (BEm), que viabilizaria o pagamento dos salários de abril", afirma Carlos Melles.

Segundo ele, Bolsonaro se mostrou preocupado com a consequência do lockdown sobre as empresas e sobre os empregos do país. Por sua vez, Guedes afirmou ter uma boa articulação com os presidentes da Câmara e do Senado para garantir negociações de forma que o governo federal consiga avançar em diversas frentes.

“Nossa preocupação nesse momento é com o crédito, é garantir que o dono do pequeno negócio tenha capital de giro, consiga honrar seus pagamentos e, principalmente, manter o emprego de seus funcionários”, apontou Jorginho Mello.

As micro e pequenas empresas representam 99% de todos os negócios do país, 29,5% do PIB nacional e 55% dos empregos com carteira assinada. Em nível crítico, além dos pequenos negócios que foram obrigados a fechar as portas, chegou a 90% o total de pequenas agências de viagem e salões de beleza sem poder pagar a folha.

A 10ª pesquisa do Sebrae, que mede o impacto da pandemia nos pequenos negócios, aponta que o ritmo da recuperação observado até novembro de 2021 foi interrompido, com alguns setores extremamente afetados, a exemplo do turismo, eventos, economia criativa, alimentação fora do lar e beleza.

As medidas econômicas tomadas pelo Governo em 2020 foram acertadas, a exemplo do auxílio emergencial, o Pronampe, a suspensão dos contratos de trabalho e redução da jornada, as prorrogações de impostos e a não exclusão do Simples das pequenas empresas inadimplentes.

"No entanto, com a persistência da crise, essas medidas precisam ser reeditadas e mesmo aperfeiçoadas".

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