Ilhéus questiona contrato dos ônibus

Uma comissão da Câmara de Ilhéus, Prefeitura, viações, universidades, entidades do turismo e do comércio vai estudar a melhoria do transporte público na cidade. O grupo analisará em detalhes o contrato das empresas São Miguel e Viametro com o município, à luz do decreto que determina o retorno de 100% da frota desde setembro.

A prioridade é forçar a circulação de toda a frota, o que não acontece desde antes da pandemia. Depois será debatido o modelo de serviço e se as empresas estão cumprindo o contrato. Segundo o Procurador Geral do Município Jéfferson Domingues, ele foi assinado em 2000, para 5 anos.

O contrato prevê uma prorrogação automática por igual período, durante cinco períodos consecutivos, ou seja, vale por 30 anos. O vereador Ivo Evangelista diz que o serviço está desacreditado pela população e que as empresas não cumprem suas obrigações.

As empresas alegam que a pandemia prejudicou o setor e que está usando o dobro dos ônibus necessários para a demanda. A afirmação é facilmente desmentida por centenas de vídeos e fotos nas redes sociais, mostrando ônibus superlotados e em péssimo estado de conservação.

Dizem que fazem "um movimento hercúleo para atender a necessidade da população". A afirmação é ironizada pela especialista em mobilidade urbana e professora da UFSB Peola Paula Stein. “Não há esforço, porque não há ônibus”, critica. “É preciso montar um sistema e requerer os relatórios de qualidade do transporte público".

Ela explica que o que está em debate não é o percentual de frota nas ruas, mas quantos veículos estão em operação onde há demanda para eles. "Apesar das crises econômica e sanitária, é essencial que se qualifique a prestação do transporte, com o sistema funcionando, atendendo a todos e trazendo retorno financeiro às empresas".

Para o presidente da Câmara, Jerbson Moraes, “o sistema de transporte da cidade está falido. As empresas demonstram não ter mais interesse financeiro pela cidade. Elas ganham tempo com ônibus precários, sem planejamento, falta de tecnologia, falta de conforto, tarifa alta, não existe preocupação". Com blog Agravo.

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