Covid aumentou outros tipos de morte

A crise de saúde pública instalada em razão da Covid, o medo de sair de casa para consultas e o direcionamento de todos os recursos para a pandemia geraram um aumento no número de mortes em domicílio, seja por falta de leitos para outras doenças, suspensão de cirurgias ou agravos causados pelo virus na área cardíaca e pulmonar.

Em 2020, o "ano da pandemia", o Brasil registrou quase 1.5 milhão de mortes, um recorde desde o início da série histórica, em 2003. Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil (transparencia.registrocivil.org.br), base de dados abastecida em tempo real pelos Cartórios de Registro Civil.

De março de 2020 a fevereiro de 2021 houve 1.498.910 mortes, 355.455 a mais do que a média do mesmo período nos anos anteriores. Foi um crescimento de 31%. Já na comparação com o ano anterior da pandemia, de março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 13,7% no número de falecimentos.

"Os Cartórios de Registro Civil são a base primária de dados da nação, seus dados são enviados a mais de 14 órgãos do Poder Público, desde o Ministério da Saúde até o IBGE, para que o País possa planejar suas políticas sociais, de saúde, educação, habitação, segurança, entre outras", explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.

Os estados da região Norte foram os que registraram o maior aumento nas mortes, como o Amazonas (86,8%), Roraima (81,2%), Acre (51,8%) e Rondônia (44,6%). No Sudeste, liderou o Espírito Santo (42,8%), seguido por Rio de Janeiro (39,9%), São Paulo (36,7%) e Minas Gerais (24,3%).

Na região Sul, Santa Catarina teve aumento de 36,4%, enquanto na região Nordeste o Maranhão foi o estado que teve o maior aumento percentual, 33,3%. Fevereiro de 2021 foi o mês mais mortal, com 119.335 óbitos registrados pelos cartórios, 33,5 mil óbitos a mais do que a média para o período. E 28% mais que fevereiro de 2020.

Em relação a janeiro, a Bahia foi o estado do Nordeste com o maior aumento de mortes, 19,7%. No Norte, Amazonas registrou 72,6%, seguido por Rondônia (56,9%), Acre (51,2%), Roraima (48,3%). Santa Catarina, na região Sul, teve 36,9%; São Paulo, no Sudeste, 34,9%, e Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, 35%.

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