PF faz buscas na Bahia e três estados
A Polícia Federal (PF) executou nesta quinta-feira (18) a Operação Terceira Parcela, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que desviava recursos destinados ao auxílio emergencial, disponibilizado a uma parcela da população para amenizar os efeitos da pandemia de covid-19.
Segundo a PF, é a “maior ação de combate a fraudes contra benefícios emergenciais”. A operação usou mais de 200 policiais para cumprir 73 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Paraíba. A maior parte dos mandados (66) foram cumpridos em 39 municípios mineiros, incluindo a capital Belo Horizonte.
“Nesta primeira etapa da investigação, são alvos os beneficiários de pagamento de contas com valores obtidos com o desvio de auxílios emergenciais. O objetivo da operação é desestruturar ações que causam prejuízo ao programa assistencial e, por consequência, atingem a parcela da população que necessita desses valores”.
O delegado Adriano Gechele de Oliveira, que coordenou a operação em Minas, conta que “a gente se concentrou principalmente em pagamentos de conta de luz, água e também telefone com a utilização de valores oriundos dessas fraudes. São fraudes já identificadas e confirmadas pela Caixa através das contestações".
"Temos perfis de todos os tipos. A gente achou que seria mais de pessoas da classe média ou baixa, mas também já identificamos pessoas de classe alta", afirma. Até agora, os agentes apuraram prejuízos em torno de R$ 15 milhões aos cofres públicos.
A operação tem a colaboração de órgãos como Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CEF, Receita Federal, CGU e Tribunal de Contas da União. A Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial tem como principais objetivos identificar fraudes massivas e desarticular as quadrilhas.
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