MP aciona servidores "pongadores"
O Ministério Público estadual ajuizou uma ação civil pública contra dois servidores de Ibicaraí que se candidataram nas eleições municipais em 2020 apenas para aproveitar o afastamento remunerado, segundo o promotor Dioneles Leone Santana.
Os servidores gozaram licença remunerada a fim de se candidatar ao cargo de vereador em Ibicaraí, "não obtendo nenhum voto no pleito eleitoral, o que implicaria possível cometimento de ato de improbidade administrativa, com violação de princípios e eventual enriquecimento ilícito".
Leone pede que os servidores Fabricio de Oliveira Costa e Sandy de Jesus Silveira Matos devolvam ao município o que receberam indevidamente. "Os servidores disputaram a última eleição municipal, mas não angariaram voto algum, nem eles mesmos votaram em suas candidaturas, tratando-se, claramente, de candidaturas suspeitas”.
Ele conta que Sandy se afastou do cargo entre os dias 14 de agosto e 15 de novembro, recebendo em salários nesse período R$ 4.854,33. Já Fabrício afastou-se das suas atividades como agente administrativo municipal no mesmo período que Sandy, ganhando R$ 3.544,86 sem trabalhar.
O promotor explica que a professora Sandy já tinha disputado as eleições de 2012 e 2016. Em 2012, na primeira vez em que se candidatou, estava filiada ao PMDB e obteve apenas um voto. Na segunda vez, em 2016, concorreu pelo PTN e obteve dois votos. Em 2020, concorreu pelo PSDB e não teve nenhum voto.
Fabrício também acumula candidaturas a vereador. Em 2012, concorreu pelo PTC com o nome ´Fabrício", e teve sua candidatura indeferida. Em 2016, concorreu com o nome ´Bricete" pelo PPS e obteve apenas um voto. Nas eleições de 2020, disputou pelo PSDB como "Fabricete" e também teve zero votos.
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