Doença de Haff cresce mais na Bahia
O número de casos da doença de Haff, causada por pescados e que torna a urina escura, cresceu 206% na Bahia, alerta a Secretaria de Saúde. Somente neste mês, já foram registrados 40 casos da doença, contra 19 em todo o ano passado até novembro.
Outros dois casos suspeitos foram notificados nesta semana e são investigados. A doença de Haff é associada ao consumo do peixe "olho de boi". No entanto, em 25% dos casos atuais a Sesab não conseguiu comprovar a espécie exata que provocou a doença.
As causas da infecção ainda são pouco conhecidas, mas a doença de Haff rompe as células musculares sem explicação, gerando, subitamente, dor extrema, rigidez muscular e aperto dolorido no peito. Além disso, ela causa falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo. A doença torna a urina escura, pela elevação da enzima CPK.
Os casos que já apareceram foram confirmados em Camaçari, Dias D'Ávila e Entre Rios. Ainda não há detalhes sobre as cidades em que apareceram os novos casos. O médico infectologista Antônio Bandeira explica a importância da continuidade das pesquisas para identificar o que causa a doença.
“O peixe olho de boi foi o mais implicado no desenvolvimento da síndrome de Haff. A gente viu isso em 2016 e está vendo isso agora. É fundamental a continuidade das pesquisas em relação à questão marinha, porque provavelmente deve ter alguma situação que envolva algas e outros tipos de peixe”.
O aumento dos casos entre janeiro e fevereiro pode ter ligação com o verão, quando as pessoas tendem a aumentar o consumo de peixes na Bahia. Segundo Bandeira, esse mesmo comportamento foi notado em 2016, quando os primeiros casos apareceram no estado. “Os casos acabam se concentrando nesses meses".
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