Bahia tem queda nas expostações de 2020

A Bahia teve uma grande queda nas exportações no ano passado, perdendo 4,2% na comparação com 2019. As perdas no ano em que a pandemia começou somaram US$ 7,8 bilhões. Ainda assim, o estado perdeu menos que a média do país, que ficou em -6,9%.

 

Em 2020 a economia baiana contou com uma maior demanda por produtos de sua pauta de exportações, explica Carlos Danilo Peres, da FIEB. A pauta da Bahia é mais concentrada do que a do Brasil. Por exemplo, apenas 10 produtos respondem por mais de 60% das exportações baianas, sendo os principais a soja e o óleo combustível.

 

Surfando na onda da safra recorde de soja produzida pelo Brasil no ano passado, a Bahia arrecadou cerca de US$ 1,33 bilhão com a exportação do grão, um aumento de 15,6% em relação a 2019. Já as vendas de óleo combustível cresceram devido a uma nova exigência para o diesel que abastece os navios.

A indústria baiana já estava adaptada a ela e se aproveitou, exportando US$ 1,1 bilhão do produto, com alta de 35,8% sobre o ano anterior. Por outro lado, houve ampla queda na exportação de automóveis, cátodos de cobre, fios de cobre, pneus, celulose em pasta e para dissolução.

 

Só a queda na exportação de automóveis foi de 56%, uma perda de US$ 172 milhões. Já os produtos de cobre deixaram de ganhar US$ 300 milhões. “Os segmentos que apresentaram as maiores quedas nas exportações foram aqueles não ligados ao consumo essencial".

 

A previsão é de que a Bahia só volte aos níveis pré-pandemia em 2023. Os principais mercados para produtos baianos são China (28,8%), Cingapura (13,4%), Estados Unidos (10,5%), Argentina (5,4%) e Suíça (3,9%). Em 2020, a Bahia ficou em 10º lugar no ranking de exportações brasileiras, com participação de 3,6%. Com Brasil 61.

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