Bahia bate recorde de mortos por Covid
Nesta quinta-feira (25) a Bahia bateu seu recorde de mortes por coronavirus, registrando 100 óbitos, 30% mais que o pior dia, 24 de agosto, quando ocorreram 77 óbitos. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia, acumulado desde o início da pandemia, é de 11.488, uma letalidade de 1,72%.
O estado tem hoje 19.047 casos ativos, que poderiam ser bem menores, assim como as mortes, se o Governo da Bahia tivesse adotado duas medidas sugeridas pelos médicos no início da pandemia, mas ignoradas pelo governador Rui Costa: a testagem em massa casada com o tratamento precoce.
Foi assim que a cidade de Armação de Búzios (RJ) zerou o número de internações por Covid-19 na semana passada. Ela não decretou toque de recolher nem lockdown. Manteve tudo funcionando e fez testagem em massa na população. Todos os testados positivos eram isolados e tratados de imediato.
Outra cidade que adotou estes dois métodos foi Carmo do Rio Claro (MG). O prefeito Filipe Cardoso se recusou a fechar o comércio, manteve tudo aberto, fazendo testes em todo mundo e tratando de imediato quem estava contaminado. Os focos de contaminação, como festas clandestinas, foram duramente combatidos.
A Bahia não se interessou em investir em testes, apesar de ter recebido mais de R$ 2 bilhões do Governo Federal para combater a pandemia. Ele também rejeita o tratamento precoce por questões políticas, apenas porque o presidente Jair Bolsonaro defende a medida.
O estado começou errado, com o governador Rui Costa e o prefeito de Salvador ACM Neto ignorando o aviso de que o virus já estava circulando no Brasil e que a China vivia uma pandemia. Os dois promoveram um carnaval com milhões de pessoas aglomeradas na rua, foco de intensa contaminação pelo Covid.
Outro erro dramático foi o governador se recusar a proibir as passeatas, comícios e carreatas durante a campanha eleitoral. Elas só pararam quando a Justiça Eleitoral resolveu proibir, mas já era tarde. Hoje Rui Costa volta a usar apenas a medida extrema de lockdown e toque de recolher, que penalizam quem seguir as regras por 12 meses.
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