Gerson depõe contra atleta do Bahia

O volante Gerson, do Flamengo, prestou depoimento nesta terça-feira (22) sobre a acusação de injúria racial contra o meia Índio Ramirez, do Bahia, durante a partida entre as equipes, no domingo, no estádio do Maracanã. O camisa 8 rubro-negro compareceu à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Rio de Janeiro.

Ele esteve acompanhado pelo vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee de Abranches. "Quero deixar bem claro que não vim só para falar por mim, mas também pela minha filha, que é negra, pelos meus sobrinhos, que são negros, pelo meu pai, minha mãe, meus amigos e por todos os negros que têm no mundo".

"Hoje, graças a Deus, tenho status de jogador de futebol, onde tenho voz ativa para falar e dar força para que outras pessoas que sofrem racismo ou outro tipo de preconceito possam falar também", declarou Gerson, em vídeo divulgado pelo Flamengo no perfil oficial do clube no Twitter.

"O Flamengo está junto do Gerson, como está junto de todos os atletas do clube. Ele cumpriu o papel de cidadão e agora a questão está entregue à Justiça. A gente espera que ela seja feita", emendou Dunshee, no mesmo vídeo. O caso ocorreu após Ramírez marcar o primeiro gol do Bahia na partida de domingo.

Segundo Gerson, o meia teria dito a ele "cala a boca, negro". A acusação foi registrada na súmula, apesar de o árbitro Flavio Rodrigues de Souza afirmar não ter presenciado o episódio. O duelo terminou com vitória rubro-negra por 4 a 3. Depois do jogo, o camisa 8 do Flamengo publicou um manifesto contra o racismo no Instagram.

Em nota divulgada na segunda-feira (21) pela manhã, o Bahia comunicou o afastamento de Ramírez até o caso ser apurado. No mesmo dia, à noite, o clube publicou um vídeo a pedido do jogador, com a versão dele. O colombiano disse não falar bem português, negou ter sido racista e afirmou ter pedido ao volante que jogasse "rápido".

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