Turismo perdeu R$ 41,6 bi com pandemia

O turismo perdeu R$ 41,6 bilhões em faturamento entre março e setembro, período da pandemia de covid-19 no País. O montante representa uma queda de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o levantamento da Federação do Comércio de São Paulo.

Só em setembro, o faturamento das empresas do setor (R$ 8,6 bilhões) foi 37,6% menor do que o mesmo mês de 2019, o que significa um rombo de R$ 5,2 bilhões. Este é o pior resultado do turismo para setembro desde o início da série histórica, em 2011.

No acumulado do ano, o turismo nacional perdeu 34,1% do faturamento. O mais preocupante, para a FecomercioSP, é que, ao contrário de setores como comércio e serviços, em recuperação desde o início do segundo semestre, o turismo não apresenta sinais de retomada.

A retração do turismo em setembro foi encabeçada pelo transporte aéreo, que faturou 64,6% menos do que no mesmo mês de 2019. Apesar do número expressivo, ele fornece algum otimismo, já que teve quedas maiores em agosto (68,8%) e julho (78,1%).

Na mesma linha, caiu drasticamente o faturamento dos agentes de hospedagem e alimentação (-37,3%) e de atividades culturais, esportivas e recreativas (-24,4%). As locadoras de carros perderam 14,8%, mas já registram a totalidade dos veículos alugados em alguns fins de semana, em diferentes cidades.

Apesar das regras ainda vigentes do isolamento social e do temor em investir em viagens neste momento, o futuro próximo pode ser promissor. Dados de outra pesquisa da FecomercioSP apontam que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar.

Por isso, é importante que os empresários mantenham os canais digitais ativos desde já, não apenas para ofertar pacotes e destinos, mas também para os que clientes tenham uma comunicação clara dos novos protocolos de segurança do turismo.

Além disso, com as incertezas da crise atual, muitos turistas procuram por locais com flexibilidade de cancelamento ou remarcação e possibilidades de reembolsos. Adaptar as reservas e os fluxos a esta especificidade do mercado representa uma vantagem significativa para agora e para o cenário pós-pandemia.

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