Covid-19 grave pode deixar sequelas

Depois de ficar um mês e meio internada com Covid-19, Helena Maria da Silva Dias, de 80 anos, recebeu alta do hospital, mas ainda convive com as sequelas da doença e do longo período de hospitalização. Não há dados exatos sobre o percentual de infectados com o coronavírus que precisam de assistência após deixar o hospital.

No entanto, de acordo com a fisioterapeuta Andréa Couto, supervisora da S.O.S. Vida, os sistemas respiratórios e motor são os mais afetados e podem apresentar complicações. "O comprometimento piora a depender da gravidade da doença".

"Nos casos mais severos, é comum ouvir queixas de fadiga, dispneia e redução de força muscular global, o que dificulta ações como andar e sentar. Nesses casos, eles precisam de fisioterapia para recuperar movimentos ou melhorar a capacidade pulmonar".

Além da fisioterapia, a assistência aos pacientes que tiveram Covid-19 é realizada por uma equipe multiprofissional no domicílio, incluindo nutricionista, enfermeiro, fonoaudiólogo e psicólogo. "O novo coronavírus provoca lesões que comprometem todos os sistemas, por isso é essencial uma abordagem multidisciplinar".

Nos quadros moderados, os pacientes podem ter dependência de oxigênio e precisam da fisioterapia para fortalecer a musculatura respiratória. Quem passou por traqueostomia durante a internação também pode ter sequelas mais graves, necessitando de auxílio para fazer o desmame da ventilação mecânica.

O acompanhamento com fonoaudiólogo também pode ser necessário para auxiliar na retirada de sondas e introdução de uma dieta oral, caso seja o caso, ou quando há lesões que afetam a fala do paciente.

O longo período de internação também pode resultar em feridas na pele, também chamadas de lesões por pressão. Estima-se que cerca de 59% dos pacientes acamados ou imobilizados por um tempo prolongado desenvolvem esse problema, que é a terceira maior causa de notificação junto à Anvisa.

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