Bando lavava dinheiro em lotéricas

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (11), em Pernambuco, uma operação contra crimes liderados por um tenente-coronel da Polícia Militar para favorecer empresas de um grupo de segurança privada.

O esquema incluia o uso de casas lotéricas de políticos para lavagem de dinheiro público desviado e de propinas. Carros de luxo foram apreendidos e a Justiça Federal estima o dano de mais de R$ 30 milhões para os cofres públicos, com o envolvimento de entes federais, estaduais e municipais durante pelo menos 7 anos.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, arrestados provas e carros de luxo BMW e Land Rover. Cerca de 100 policiais federais e auditores da CGU cumpriram 23 mandados na Região Metropolitana do Recife, um em Caruaru e um em Floresta.

A Operação Mapa da Mina aponta para a atuação de familiares de um ex-deputado estadual na prática de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, corrupção, peculato, fraude a licitações, entre outros crimes, em conluio com o militar e seus comparsas.

As investigações revelam que a família do ex-deputado estadual usava uma rede de casas lotéricas, outras pessoas jurídicas e a influência política para dar legalidade ao dinheiro do crime. A investigação foi iniciada em abril de 2018, identificando o crescimento econômico vertiginoso da empresa de segurança do oficial da PM.

A "prosperidade" foi impulsionada por contratos com entidades municipais, estaduais e federais, mediante dispensas de licitação suspeitas ou licitações fraudulentas. De 2013 até hoje, duas das empresas do grupo já receberam aproximadamente R$ 175 milhões dos cofres públicos.

As firmas beneficiadas com os contratos públicos milionários – ou outras empresas a elas coligadas – transferem o dinheiro rotineiramente para cinco casas lotéricas dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para viabilizar a lavagem de dinheiro, já que as agências não geram lucros reais para seus sócios.

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