Sífilis ainda é prioridade no governo

Mesmo durante a pandemia de coronavirus, o combate à sífilis no Brasil está entre as ações prioritárias do Ministério da Saúde. A pasta vem executando diversas estratégias nacionais para o controle da doença. Em agosto foi pactuada a Agenda de Ações Estratégicas para a redução da Sífilis no Brasil em 2020/2021.

feridas de Sifilis

Entre as propostas está o fortalecimento das redes de atenção à saúde e do sistema de vigilância contra a sífilis e seis eixos estratégicos: resposta rápida nas redes, fortalecimento das redes, ampliação dos comitês de investigação, educomunicação e qualificação de informações estratégicas.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) considerada um problema de saúde pública. Apesar de ter apresentado diminuição dos casos em quase todo o país no último ano, os números continuam preocupantes. Somente em 2019 foram 152.915 casos de sífilis adquirida no Brasil.

Em 2018, foram 158.966 casos. Parte dessa redução pode estar relacionada à demora na notificação e na alimentação das bases de dados devido à mobilização dos profissionais de saúde para ações voltadas ao controle da pandemia da Covid19. O SUS oferta testagem e tratamento gratuito para a sífilis, inclusive durante o pré-natal.

A pasta compra e distribui insumos de diagnóstico e tratamento. Somente neste ano, até setembro, foram enviados aos estados 5,5 milhões de testes rápidos de sífilis, 900 mil frascos-ampolas de penicilina benzatina para tratamento da sífilis adquirida e sífilis em gestantes e 42,7 mil frascos-ampolas de penicilina.

Em 2019, a maior parte das notificações ocorreu em indivíduos de 20 a 29 anos (36,2%). Houve redução de 4,5% na taxa de detecção nacional em relação a 2018, que apresentou 76,2 por 100 mil habitantes. Em gestantes, foram 61.127 casos em 2019, com redução de 3,3% em relação ao ano anterior (63.182).

Em 2019 foram 24.130 casos de sífilis congênita, quando a gestante passa a doença para o bebê. No Brasil, em geral, nos últimos 10 anos houve um progressivo aumento na taxa. Em 2009, era de 2,1 casos/1.000 nascidos vivos e em 2018 chegou a 9,0 casos/1.000 nascidos vivos, reduzindo para 8,2 casos/1.000 nascidos vivos em 2019.

A identificação da doença nos três primeiros meses da gestação e o tratamento adequado impedem a transmissão da sífilis da mãe para o bebê. Quanto aos óbitos, em 2019 foram 173 por sífilis congênita (em menores de um ano). Nos últimos 10 anos, houve aumento no coeficiente de mortalidade infantil por sífilis.

Ele passou de 2,2 por 100 mil nascidos vivos em 2009 para 8,9 por 100 mil nascidos vivos em 2018. Em 2019, o coeficiente de mortalidade infantil por sífilis baixou para 5,9 por 100 mil nascidos vivos.

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