Salvador lidera em doença falciforme
O Ministério da Saúde aponta que o Brasil tem cerca de 3.500 crianças que nasceram com a anemia falciforme, com taxa de 1 bebê afetado para cada 1.000 nascidos. Salvador é a cidade com o maior número de portadores da doença, com um a cada 650 bebês nascidos vivos, uma média de 65 pacientes por ano.
Doença genética e hereditária, predominante em negros, a anemia falciforme pode oferecer implicações sérias e levar à morte. Levi Felipe, por exemplo, convive com fortes dores nas mãos e nos pés. Diagnosticado ao nascer através do teste do pezinho, ele é uma das crianças atendidas no ambulatório especializado de Salvador.
Ele fica no Multicentro Vale das Pedrinhas e hoje, depois de três anos sendo atendido no local, a mãe de Levi festeja a melhora significativa do filho após o tratamento. “Quando Levi completou dois meses, iniciamos o acompanhamento. Graças a Deus, as crises com dores nos pés e nas mãos melhoraram bastante", diz a mãe Luciene de Jesus, 29 anos.
A rede municipal possui dois Ambulatórios Especializados em Doença Falciforme, os primeiros do país, implantados nos Multicentros Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas, unidades administradas pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania. As unidades oferecem diagnóstico, prevenção e aconselhamento aos pacientes e familiares.
“É muito importante que ao nascer seja feito o teste do pezinho, para o diagnóstico imediato da patologia e dar início ao tratamento. Apesar de ser uma doença hereditária e que não tem cura, com o acompanhamento é possível conviver com boa qualidade de vida”, explica Silvia Caetano, médica hematologista pediátrica.
A anemia falciforme é uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos e a oxigenação dos tecidos. A doença é causada por mutação genética.
Os principais sintomas são dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais. O diagnóstico é realizado através do teste do pezinho, disponível gratuitamente em todas unidades básicas de saúde da rede municipal.
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