Maioria nas eleições é José ou Maria

José e Maria podem ser eleitos na maioria das cidades. Esses são os dois nomes mais comuns entre os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador nas Eleições deste ano, segundo um levantamento do portal Brasil 61. Ao todo, são 27.449 Josés e 20.942 Marias.

Eles tamb[ém lideraram na eleição de 2016, mas neste ano houve um aumento dos candidatos chamados João, nome que era o sexto e desta vez está no terceiro lugar, com 9.963 registros. Ele deixou para trás outros muito comuns, como Antônio, Francisco e Paulo. 

Entre os 10 nomes mais comuns de candidatos, o único nome feminino além de Maria é Ana, com 5.153 candidatas. A eleição tem quase 50 mil nomes diferentes, sendo que a maioria, 33.490, aparecem só uma vez. Entre eles estão alguns bem estranhos, como Ardalidanio, Abelhana, Brindinalva, Calcilda, Zoltan e até Última.

Existem ainda cinco candidatos que se apresentam como Pinóquio e uma Cinderela. João Miras, estrategista de marketing político, acredita que o uso desses apelidos pelos candidatos reflete o povo brasileiro, de fácil integração e cordialidade, em especial nas eleições mais próximas dos cidadãos. 

“O apelido tem muito a ver com a maneira de ser do brasileiro, que é divertido, engraçado, gosta de piada. Isso não é comum em outros países. Não nos esqueçamos que o cidadão comum brasileiro é o verdadeiro representante da vereança. Estamos falando do representante que está mais próximo do povo”.

Para aqueles que gostam do folclore brasileiro, há várias alternativas, como o Saci Pererê e a Cuca Vem Aí. Outros resolveram apostar no sucesso recente da franquia dos Vingadores. Hulk e Homem Aranha concorrem no pleito deste ano. Tem também a clássica rivalidade Batman x Coringa. Até Ayrton Senna e Schumacher estão no páreo.

O candidato João Sá de Teles Santana (PSL) resolveu apostar na popularidade dos atuais presidentes do Brasil e dos Estados Unidos. Ele vai concorrer ao cargo de vereador no município de Brusque, em Santa Catarina, com a alcunha de Donald Trump Bolsonaro. 

Miras, especialista na área, afirma que os codinomes curiosos têm, obviamente, a intenção de angariar apoio. Ele cita o exemplo do humorista Tiririca, que conseguiu usar um nome divertido e um slogan marcante: “pior do que tá não fica”, para se promover. 

“Se a pessoa tem um nome mais engraçado, mais incomum e, ao mesmo tempo, mais fácil de guardar, isso é comunicação, porque você chama atenção e facilita a memorização. Isso é marketing puro, é marketing raiz e representa muito bem o que é o povo brasileiro.” Com Brasil 61

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