Locutor sofre um "bullying judicial"

Colegas e a direçao da rádio Gabriela FM acusam o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), de promover uma perseguição judicial contra o locutor Luke Rey. Para eles, há uma campanha sistemática de intimidação através de ações judiciais. Já são 12 contra profissionais da emissora, 9 só contra Rey.

Segundo a rádio, Mário Alexandre não aceita a divulgação de notícias negativas sobre a Prefeitura nem críticas por "atos e omissões". O jornal A Região, que frequentemente enfrenta ações que têm como único objetivo calar o veículo através de estrangulamento financeiro, se solidariza com o locutor.

"O expressivo volume de ações, por si só, demonstra a intenção intimidadora. Acrescenta-se que a estrutura jurídica montada pelo prefeito atua de forma ostensiva em prejuízo ao livre exercício da imprensa", não só contra a rádio, mas também sites como o Blog do Gusmão, outro com vários processos por parte do prefeito de Ilhéus.

Os radialistas apontam a omissão do presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus, Manoelito Puentes, "já que a primeira obrigação da instituição é a defesa da liberdade de expressão". O motivo parece óbvio. Puentes ganhou um cargo na Prefeitura, de Chefe de Divisão de Pesca e Aquicultura, e se calou sobre as ações do "patrão".

O sindicato dos radialistas soltou nota na noite de terça dizendo que "apurou e obteve informações junto ao site do TSE" e que não houve censura. Ele diz que a Justiça Eleitoral "apenas determinou que no programa o radialista evitasse proferir ofensas pessoais e fazer propaganda eleitoral antecipada, mas não mandou a rádio retirar o programa do ar".

O sindicato distorce, por intenção ou ignorância, que não se falou em censura determinada por juiz e sim por ações que, por ameaçar condenações de alto valor monetário, obrigam o locutor e a emissora a se impor uma censura, com medo de ser condenados a pagar um dinheiro que não têm. Não deveríamos ter que explicar isso ao sindicato.

Tanto no caso de A Região, quanto no do locutor e do Blog do Gusmão, esse "bullying judicial" só será eliminado quando os juízes passarem a condenar os autores, de ações que claramente visam calar os veículosm por litigância de má fé. Os juízes precisam garantir a liberdade de expressão, de opinião e de imprensa previstas na Constituição.

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