Motim teve incêndio e presos reféns

O motim, durante boa parte da terça-feira, no Conjunto Penal de Valença, no Baixo-sul da Bahia, foi registrado com celulares pelos próprios detentos, apesar de proibidos. A superlotação da unidade teria sido a causa de revolta, que durou pelo menos duas horas.

Numa suprema ousadia, as imagens foram divulgadas pelas redes sociais. Num video, um detento chegou até a ser mantido refém pelo grupo de amotinados, que usaram chuços e outras armas improvisadas para ameaçar companheiros de cela, além de quebrar parte da mureta do presídio.

Além disso, o grupo colocou fogo em materiais que estavam na quadra, usados em atividades de ressocialização da unidade penal. A Polícia Militar, por meio da 33ª Companhia Independente de Polícia Militar e da CIPE Cacaueira, foi acionada para controlar o motim e negociar com os presos.

Em revista, depois do motim ser contido, foram apreendidos drogas e celulares. Ninguém ficou ferido na revolta, que causou medo na população de Valença. Segundo a secretaria que administra os presídios, a unidade tem superlotação de 60 pessoas, já que sua capacidade é para 268 detentos, mas abriga 328 pesos.

A Seap informou ainda que apura os danos materiais que foram provocados e está identificando os detentos que participaram da ação, a partir de imagens gravadas pelo circuito interno de segurança. Um inquérito vai ser aberto e será entregue à Justiça, junto com evidências e provas da ação.

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