Advogado de falso cônsul foi preso na Bahia
Três investigados na Operação Inventário foram presos pelo Gaeco na manhã desta quinta-feira. Os mandados, cumpridos em Lauro de Freitas e Salvador, miram o advogado João Novaes, que atua na defesa de Adailton Maturino, o falso cônsul preso pela Operação Faroeste, que investiga tráfico de influência no TJ-BA.
Segundo o Coaf, o advogado movimentou cerca de R$ 29 milhões, sendo R$ 23 milhões ligados a Maturino. As investigações do MPF apontam que o “quase-cônsul” era o mentor do esquema de venda e compra de sentenças no TJ-BA, envolvendo mais de 300 mil hectares de terras no oeste, junto com o borracheiro José Valter Dias.
Em dezembro, a Polícia Federal fez busca e apreensão no escritório de João Novaes, por suspeita de que era utilizado para a circulação de bens e valores obtidos de forma ilícita. Em uma interceptação telefônica autorizada pela Justiça, Novaes revelou que Maturino investiu R$ 3 milhões em um local de festas na Cidade Baixa.
A operação desta quinta é fruto de inquérito para apurar fraudes identificadas em processos judiciais da 11ª Vara de Família, Sucessões, Órfãos, Interditos, Ausentes da Comarca de Salvador, supostamente praticadas por quadrilha de advogados, serventuário e um particular, responsável pela falsificação de documentos.
Os outros dois alvos são Marco Aurélio Fortuna Doria e o servidor do Tribunal de Justiça da Bahia, Carlos Alberto Nogueira. “Objetivou-se apurar indícios veementes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, estelionato, fraude processual, uso de documento falso e alteração de dados no sistema”, diz o MPE.
A Operação Inventário, do Gaeco, contou com o apoio operacional da Polícia Civil, por meio do DRACO e do DEPOM, e da Polícia Federal, por meio da Superintendência Regional na Bahia. Com Diaŕio do Poder.
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