Começa juri do caso Cavalo Marinho I

Os acusados do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que matou 20 pessoas na Baía de Todos-os-Santos em 24 de agosto de 2017, começaram a ser julgados pela Corte Marítima nesta quinta-feira, véspera do acidente completar 3 anos. 19 vítimas morreram no dia do acidente.

Outra passageira faleceu em 2018, em decorrência de um quadro de depressão e estresse pós-traumático. A Cavalo Marinho I naufragou 15 minutos depois sair do cais de Mar Grande, em Vera Cruz, no início da manhã. Nesta quinta, o caso começou a ser julgado pelo Tribunal Marítimo da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro.

No julgamento, se busca definir a natureza do acidente, as causas, circunstâncias e extensão, bem como os responsáveis pela tragédia. Está sendo julgado Lívio Garcia Galvão Júnior, dono da CL Empreendimentos, a quem pertencia a Cavalo Marinho I, além de ser também sócio-administrador da empresa.

Dividem o banco dos réus com ele Osvaldo Coelho Barreto, o marinheiro que comandava a embarcação durante o naufrágio, e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro e responsável técnico pelos planos da embarcação. O julgamento é presidido pelo juiz Nélson Cavalcante e Silva Filho.

Um colegiado formado por 7 pessoas analisa o inquérito. Algumas penalidades podem ser estabelecidas pela Marinha. Apesar de a Corte Marítima não atuar nas esferas criminal e cível, o julgamento é usado para auxiliar decisões dos órgãos do Poder Judiciário. Além disso, a decisão poderá ser usada como argumento em processos indenizatórios.

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