TJ manda reabrir o comércio de Itabuna

O desembargador Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), suspendeu a decisão do juiz da 1ª Vara Fazenda Pública, Ulysses Maynard Salgado, que tinha ordenado o fechamento do comércio não essencial dce Itabuna. A do TJB acontreceu na noite de ontem. Pela manhã, houve manifestação.

O centro de Itabuna foi palco de um enorme protesto em defesa da abertura do comércio, fechado há mais de quatro meses. O setor é a base do sustento do município, gerando a maior parte dos impostos com vendas para consumidores de dezenas de outras cidades.

Várias faixas foram afixadas no entorno da Praça Adami pedindo providências para que o comércio continue funcionando, depois de ser suspenso pelo juiz da 1ª Vara Fazenda Pública, Ulysses Maynard Salgado. Ele determinou o fechamento de atividades não essenciais, acatando pedido do Ministério Público estadual.

Por volta das 8 horas, comerciantes e lojistas se sucederam em discursos transmitidos por um carro de som, denunciando as dificuldades, falências e aumento do desemprego. O ato foi convocado pela Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação Comercial e Empresarial e Sindicato dos Comerciantes (Sindicom).

A gerente do Jequitibá Plaza Shopping, Vera Guimarães, falou das dificuldades de lojistas, colaboradores e investidores e o que significam os quatro meses e meio de paralisação das atividades. "É um prejuízo incalculável para os lojistas e o shopping precisa deles para bancar sua estrutura. Não tem como se manter esta situação".

O prefeito Fernando Gomes mereceu críticas por se omitir quando surgiu o primeiro caso, em março, agir pela própria cabeça e desprezar a assessoria técnico-científica do comitê. O empresário Eduardo Carqueja Júnior disse que "não houve, como em outras cidades, um planejamento. Estamos vivendo as consequências disso".

A gestão defendeu, junto ao juiz, que a taxa de ocupação dos leitos "inclui também pacientes outros municípios", mas a alegação é infantil, porque tanto faz de onde é o paciente. O fato é que faltam leitos de UTI, prometidos pelo governador em março sem nunca cumprir. A Prefeitura, com R$ 68 milhões disponíveis, também não instalou UTIs.

O secretário do Sindicom, José Adauto dos Santos Vieira, lamenta os prejuízos econômicos e a falta que os empresários não tenham acesso ao crédito do governo federal. "Nunca poderíamos imaginar que o comércio ficaria fechado mais que quatro meses. O setor está destroçado. Quem tinha reservas já queimou".

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