Setor do chocolate está se reinventando

Como em todos os demais setores da economia, a pandemia do novo coronavírus causou impacto à indústria de chocolates no Brasil. A produção nacional no ano passado, incluindo achocolatado em pó, atingiu 756 mil toneladas, com queda de 3,1% sobre 2018, que registrou 761 mil toneladas).

Os números do primeiro trimestre de 2020, entretanto, ainda livres dos efeitos da covid-19, sinalizavam uma recuperação, com produção de 117.600 toneladas, alta de 2,84% em comparação ao mesmo periodo do ano passado (120.900 toneladas).

Apesar do impacto negativo da pandemia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonseca, disse em entrevista que há muitos motivos para se festejar, nesta terça-feira, o Dia Mundial do Chocolate. "O Brasil é um dos maiores produtores de chocolate do mundo e exporta para 130 países".

Segundo ele, as empresas produtoras de chocolate procuraram se adaptar rapidamente à nova situação, com a adoção de canais online de vendas, procurando usar o sistema de delivery (entrega direta ao consumidor). "Além disso, buscaram firmar parcerias para que o produto pudesse chegar nos pontos de venda da melhor forma possível".

Com o fechamento dos shoppings, a estratégia do setor foi se aliar aos supermercados, que continuaram abertos, instalando quiosques para manter as vendas. Para a Páscoa, especialmente, a Abicab trabalhou em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), por meio da campanha “Vai ter Páscoa”, com mobilização nas redes sociais.

Já o produtor assume os maiores riscos da cadeia produtiva e pouco se beneficia. Faltam recursos para investimentos e há dívidas que superam um bilhão de reais.

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