Prefeito recuou por bronca de Rui Costa
O recuo do prefeito de Itabuna para a reabertura do comércio, fechado há 110 dias, frustrou os comerciantes, que se dizem asfixiados com as crescentes dívidas relativas a aluguéis, faturas, contas de água e luz, folha salarial, etc. No final da tarde de terça, Fernando Gomes anunciou que não iria mais assinar o decreto.
O papelão de Fernando Gomes, que prometeu reabrir o comércio "mesmo que fosse preso", mereceu críticas em nota de última hora do Jornal das Sete, da Morena FM (www.morenafm.com), de terça. Nesta quarta, o prefeito tentou justificar seu recuo alegando que pediu dados dos hospitais e não haviam leitos de UTI disponíveis. Mas havia leitos vagos.
Nos bastidores, o jornal A Região soube que Gomes tinha sido repreendido pelo governador Rui Costa, que nesta quarta confirmou ter "falado" com o prefeito antes do recuo. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, Sérgio Velanes, se disse preocupado com a indecisão.
“Estamos assistindo o desemprego e as pessoas pagando um alto preço. Além disso, há risco de aumento da violência e do cinturão de pobreza na periferia da cidade. Sem contar a perda de capital”. O fechamento total do comércio de Itabuna já custou R$ 600 milhões em prejuízos, faliu 50 empresas e desempregou 1.800 pessoas.
Agora, a previsão do prefeito é de que no dia 9 o comércio seja aberto completamente. “Dia 9, com os leitos, só não abro se o mundo acabar”, sentenciou o prefeito, que pode muito bem voltar atrás. Ele ainda disse que “é morrer de covid ou de fome”, apesar de não ter problema com o segundo item.
Seu salário é de R$ 30 mil, maior que o do prefeito de Salvador ACM Neto, do governador Rui Costa e do Presidente da República Jair Bolsonaro. A Prefeitura de Itabuna recebeu R$ 86 milhões em verbas extras desde janeiro, mas não investiu nada em leitos, respiradores, médicos ou insumos.
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