MP tenta impedir o corte de árvores

Uma ação, com solicitação de liminar, quer obrigar o Município de Ilhéus a não cortar as árvores da Avenida Soares Lopes. No documento, o promotor Paulo Eduardo Sampaio Figueiredo pediu que as árvores, relacionadas ao acesso viário da Ponte Jorge Amado, não fossem retiradas sem um plano de manejo de fauna.

"As referidas árvores abrigam famílias inteiras de pássaros do gênero ‘maritaca’, os quais ali residem há décadas e não estão tendo o devido tratamento de serem remanejados para outro local”, alega o promotor. Figueiredo afirma que não se sabe se houve plano de manejo de fauna no processo de licenciamento ambiental da obra.

Segundo ele, a informação já foi requisitada mas “ainda que tenha havido esse estudo e tenha sido incluído no licenciamento ambiental da obra, o mesmo não está sendo devidamente cumprido pelo Município de Ilhéus, em detrimento daquelas aves desamparadas”.

O promotor explica que as aves são espécie selvagem do bioma Mata Atlântica com características altriciais – não sobrevivem sem os pais. Para ele, a supressão das árvores e dos ninhos "levará ao declínio de toda uma geração, o que pode afetar a perpetuação dessa população de pássaros no Centro de Ilhéus".

A Prefeitura de Ilhéus afirma que as amendoeiras provocam danos às redes de água e esgoto, além de romper o calçamento com suas raízes. As árvores são parte da paisagem da avenida Soares Lopes desde os anos 60 do século passado.

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