Feira vai receber cloroquina do ministério

Feira de Santana vai receber do Governo Federal 100 mil comprimidos de hidroxicloroquina. O pedido foi feito pelo prefeito Colbert Martins Filho (MDB) em ofício encaminhado, no dia 8, ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello e foi respondido neste domingo.

Colbert, que é médico, tinha pedido o remédio ao governador Rui Costa (PT), sem resposta. Costa vem se negando a aceitar o remédio por posiçao politicas contra o Presidente da República Jair Bolsonaro. Feira de Santana já tinha recebido um lote de azitromicina e pedira comprimidos de hidroxicloroquina e dexametasona..

As características da cidade, que fica no cruzamento de rodovias federais, preocupam Colbert, que busca combater a pandemia com todos os recursos possíveis. Feira tem 650 mil habitantes e por ela passam as BRs 116, 101 e 324. O volume de pessoas trafegasndo pela cidade é imenso.

Mas ela não foi a única a ter o uso de hidroxicloroquina sabotado pelo Governo do Estado. No início de julho uma médica de Porto Seguro, Raissa Soares, pediu o remédio em video direcionado ao Presidente Bolsonaro. O Ministério da Saúde então enviou 40 mil comprimidos à cidade.

Em Teixeira de Freitas, um grupo de empresários e entidades se reuniu e conseguiu milhares de comprimidos por doação, mas o governador mandou apreender todo o material, gerando revolta na cidade. Outras cidades baianas tentam conseguir o remédio diretamente do Ministério da Saúde, numa tentativa de escapar do descaso estadual.

Em Vitória da Conquista, os estudos de médicos infectologistas locais constratou que existem indícios de que o remédio é eficiente contra o coronavirus no tratamento precoce. O prefeito Herzem Gusmão (MDB) também pediu o remédio ao ministério.

A Associação Médica Brasileira defende a autonomia dos profissionais para receitar a hidroxicloroquina para pacientes da Covid. A entidade vê motivação política nas críticas ao remédio e aponta o risco de “legado sombrio para a medicina brasileira”. "Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em partidarismo. Isso é um crime". Com dados da Revista Oeste.

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