Chikungunya aumentou 434% na Bahia

Das três arboviroses provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, Dengue, Zyka e Chikungunya, esta última vem causando preocupação. O número de casos notificados na Bahia, pulou de 4.365 para 23.311, entre dezembro de 2019 e 2 de junho de 2020. Isto é, Houve um incremento da doença de 434%, se comparados os dois períodos.

Não houve nenhum outro país, em todo o mundo, com mais casos de chikungunya em junho que o Brasil, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, da União Europeia. Entre os mais de 40 mil casos no país, a maioria está na Bahia. De acordo com o Ministério da Saúde, 41,5% das notificações foram registradas em nosso Estado.​

261 municípios registraram casos da doença na Bahia, sendo que 85 municípios apresentaram incidência maior que 100 casos/100 mil habitantes (41 foram maior que 300 casos/100 mil habitantes). Até o momento, constam três óbitos confirmados laboratorialmente para Chikungunya, todos em Salvador.​

De acordo com a infectologista Ceuci Nunes, diretora do ICOM - Instituto Couto Maia, a Chikungunya não é, a priori, uma doença hospitalar e letal. "A febre Chikungunya ocorreu pela primeira vez no Brasil em 2014. É uma doença febril aguda, com dores articulares em todo o corpo".

"A princípio, ela é autolimitada, mas pode se complicar e se tornar crônica, pois o vírus Chukungunya fica dentro das articulações, provocando um processo inflamatório local que vai exigir um tratamento médico com o uso de analgésicos mais potentes, anti-inflamatórios, corticoides e até imunossupressores".​

A Chikungunya não é uma doença letal mas, em pacientes idosos, portadores de reumatismo reumatoide, ou com comorbidades como diabetes e hipertensão, podem evoluir para o óbito.​ "Importante dizer que, além do acometimento das articulações bilaterais, como punhos e tornozelos, a doença pode comprometer a coluna cervical, torácica e lombar".​

Para o paciente com Chikungunya, a orientação mais importante é a hidratação, para evitar que a doença se agrave. O recomendado pelo Ministério da Saúde é que adultos bebam 60ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina. Ou seja, uma pessoa com 60 quilos deve ingerir 3 litros e meio de água, sucos ou chás por dia, sendo 1,2 litro em líquidos com solução salina.

Para crianças, o cálculo é, para menos de 13 anos, até 10 kg, 130 ml/kg/dia. De 10 a 20 kg, 100 ml/kg/dia. Acima de 20 kg, 80 ml/kg/dia.​

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