Brasil não terá o horário de verão

O Ministério de Minas e Energia manteve a recomendação de não se adotar o horário de verão neste ano. O horário foi extinto em abril do ano passado, com base em estudos da pasta, que apontaram a pouca efetividade na economia energética.

Estudos na área da saúde também foram contra, destacando o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas. Em nota técnica, a pasta avaliou o resultado disse que a economia de energia com a medida diminuiu nos últimos anos e já estaria perto de nula, pelas mudanças no hábito de consumo.

Quando foi criado, o horário de verão tinha por objetivo aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18h, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. No entanto, nos últimos anos, o Ministério de Minas e Energia constatou uma alteração no horário de pico.

Houve um maior consumo de energia no período da tarde, por causa da intensificação do uso do ar condicionado, quando o horário de verão não tinha influência. A nota acrescenta que a descontinuidade da aplicação do horário de verão 2019/2020 implicou também redução do custo de operação do sistema elétrico.

Com a revogação do horário de verão, continuou ocorrendo redução de demanda à noite. "Este comportamento, provavelmente, está associado ao uso menor uso de ar condicionado, o que decorreu da melhoria das condições de conforto térmico em seu período de descanso noturno, sem ter havido antecipação de uma hora".

A nota informa também que as avaliações de impacto do horário de verão antes de 2019 superestimaram a redução de demanda no período noturno e que o aumento na carga foi subestimado.

Uma avaliação anterior do Ministério de Minas e Energia já havia apontado que, entre os efeitos do fim da medida no setor elétrico, evitaram-se custos ao consumidor de energia elétrica de R$ 100 milhões. "Recomendamos que se mantenha a suspensão dessa política pública também para o ciclo 2020/2021".

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