Saidão de presos explodiu os homicídios

O comandante-geral da Policia Militar da Bahia, coronel Anselmo Brandão, lamentou a perda de um semestre nas ações de segurança pública depois da soltura de presos por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomendou a retirada de detentos dos presídios com objetivo de "evitar a propagação do coronavírus".

"Só em Salvador, teve a liberação de 2 mil presos. Houve uma explosão de crimes e, só neste final de semana na capital, foram 50 homicídios. Perdemos o trabalho de um semestre inteiro em um final de semana. Mas, graças a Deus, estamos retomando o controle e voltando à normalidade".

O coronel Anselmo Brandão deu entrevista a Mário Kertész na manhã desta segunda-feira, no jornal Bahia no Ar, que é retransmitido com exclusividade no sul do estado pela rádio Morena FM. Ele comentou que maio foi importante para garantir dados relevantes, após o que chamou de 'explosão' no registro de crimes na Bahia.

Brandão apontou a gravidade na questão da juventude em meio à criminalidade. Segundo ele, por conta do fechamento de escolas, muitos jovens estão em meio aos criminosos. "É uma criminalidade que cresce". O comandante também citou "excessos" de policiais militares, mas diz que são problemas superados.

A PM tem dado apoio às prefeituras durante a pandemia, inclusive àquelas que decretam lockdown (fechamento completo) ou toque de recolher. Este foi o caso de Itabuna, onde houve fechamento de ruas e restrição à noite. O coronel revelou que não gosta do termo "toque de recolher", mas ele foi usado pelo próprio governador.

"Na verdade é medidas de restrição de circulação de pessoas e veículos" (sic), diz ele. Anselmo acrescenta que "ainda precisa de conscientização. Em plena pandemia ainda estão fazendo festas". Um exemplo foi uma casa da rua Alexandre Fleming, no Goes Calmon, onde foi promovida uma farra de sexta (5) para sábado, só acabando pela manhã.

22:09  |  


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