Nordeste sentiu mais o peso no bolso

O arroz e o feijão, base da alimentação nacional, registraram alta variação de preços neste período de pandemia, pesando no bolso do brasileiro. Mas foram os nordestinos quem mais sentiu esse peso no orçamento no final do mês. Aqui, a variação no preço do arroz avançou 7,04%, perdendo apenas para a região Sul, que anotou 8,52%.

Para o feijão, a volatilidade observada é ainda mais acentuada. O valor do grão saltou 18,61% no Sudeste, com variação similar no Nordeste (18,42%). Sul e Centro-Oeste também anotaram avanço, de 9,90% e 8,90%. A região Norte foi a única a apresentar alteração negativa para os itens, com recuo de 3,07% no arroz e de 11,79% no feijão.

O Nordeste é ainda a única localidade em que se observa alta no preço dos produtos enlatados, de 1,69%. Sul (-1,12%), Sudeste (-2,05%), Centro-Oeste (-3,29%) e Norte (-6,24%) indicam retração. Os dados fazem parte do levantamento da InfoPrice, empresa de tecnologia focada no varejo físico, no período de 10 de fevereiro a 4 de maio.

Arroz, feijão, leite, massas, enlatados e carnes bovinas, bases do consumo doméstico das famílias, foram os itens que tiveram seus preços analisados pela InfoPrice. Produtos de limpeza e álcool gel, pelo aumento da procura para evitar a Covid-19, também foram objetos deste levantamento.

Se para os nordestinos o arroz e o feijão pesaram no bolso dos consumidores, a região anotou a menor oscilação no preço do leite, de 2,31%. No Sul, ele avançou 15,50%. A carne bovina foi o único produto que apresentou recuo em todas as praças pesquisadas: Sul (-10,66%), Nordeste (-3,03%), Centro-Oeste (-2,66%) e Sudeste (-1,95%).

As massas apresentaram oscilações diferentes em cada praça. No Sudeste subiu 0,10% e no Nordeste 3,31%, enquanto no Norte (-1,62%), no Sul (-2,35%) e no Centro-Oeste (-4,50%), o preço caiu. Os produtos de limpeza também pesaram no bolso do consumidor no período.

Norte (4,24%) e Nordeste (4,15%) ocupam a liderança no avanço dos preços. Na sequência aparecem Sul (1,98%), Sudeste (1,88%) e Centro-Oeste (1,47%). Vilão dos preços no início da pandemia, o preço do álcool gel recuou bastante depois do pico inicial da demanda. O Sul é a localidade com maior retração, -25,09%. O Nordeste anotou -10,12%.

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