Dois de Julho não terá nenhuma festa

As comemorações da Independência da Bahia neste ano não terão povo nas ruas ou qualquer outra atividade, nem a saída do Fogo Simbólico de Cachoeira (foto), cidade histórica do Recôncavo. Desde 1824, um ano depois da expulsão definitiva das tropas portuguesas no 2 de julho, esta é a primeira vez em que isso acontece.

Nos quase 200 anos de história, o 2 de Julho nunca ficou sem ser comemorado. Neste ano, a pandemia do coronavírus impôs uma nova rotina e impediu que baianos e turistas acompanhem o cortejo pelas ruas do Centro Histórico de Salvador.

Nem mesmo no período da Gripe Espanhola, que assolou o mundo a partir de 2018, houve algo assim, com a proibição de pessoas nas ruas. O prefeito ACM Neto afirmou que uma parte da Fundação Gregório de Mattos até chegou a sugerir que o Caboclo desfilasse sem aglomeração e sem pessoas na ruas.

"Mas essa medida seria arriscada, porque as pessoas poderiam querer seguir o percurso e os moradores do Centro poderiam sair para as sacadas de suas casas para acompanhar o desfile", explicou. Por isso, ficou decidido que não haverá nenhum tipo de desfile, nem mesmo só com o Caboclo.

O que vai ocorrer é um ato pela manhã, com as presenças do prefeito de Salvador e do governador Rui Costa. Haverrá o hasteamento da bandeira e a deposição das flores na Lapinha, sem que as pessoas tenham acesso. Em nota, a Prefeitura de Cachoeira reafirma seu compromisso em continuar servindo o povo, mesmo sem a festa.

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