Desemprego é menor que o previsto
As medidas do Governo Federal para preservar os empregos são um grande sucesso. No início da pandemia, a previsão era de perder de 12 a 14 milhões de vagas até maio por causa do fechamento da economia nos estados e municípios. E era otimista. Nos EUA, por exemplo, mais de 40 milhões de pessoas foram desempregadas.
O emprego foral registrou queda, como era inevitável, mas o resultado é excelente. Em maio, o terceiro mês seguido de desempenho negativo, o Caged mostra uma perda de 331.901 postos de trabalho com carteira assinada. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Apesar do encolhimento do emprego formal, houve melhora em relação a abril, quando haviam sido fechados 860.503 postos. A retração de empregos totaliza apenas 1.144.118 de janeiro a maio, mais de dez vezes menos que o previsto por consultorias e a imprensa.
Na divisão por atividade, quatro dos cinco setores pesquisados fecharam empregos em maio. A estatística foi liderada pelos serviços, com a extinção de 143.479 postos, seguido pela indústria (transformação, extração e outros tipos), com -96.912 e em terceiro lugar ficou o comércio com o fechamento de 88.739 postos de trabalho.
O nível de emprego diminuiu na construção civil com o fechamento de 18.758 vagas. Somente o grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura criou empregos com carteira assinada no mês passado, com o saldo de 15.993 novas vagas.
Nos serviços, a extinção de empregos foi puxada pelo segmento de alojamento e alimentação (que engloba hotéis e restaurantes), com o fechamento de 54.313 postos formais. A categoria de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, atividades imobiliárias, profissionais e administrativas fechou 37.687 vagas.
Na indústria, o destaque negativo ficou com a de transformação, que demitiu 94.236 trabalhadores a mais do que contratou. Em segundo lugar ficou a indústria de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que fechou 2.209 vagas.
Todas as regiões brasileiras extinguiram empregos com carteira assinada em maio. O Sudeste liderou com 180.466 postos a menos, seguido pelo Sul com menos 78.667 e pelo Nordeste com a perda de 50.272 vagas. O Centro-Oeste perdeu 12.580 empregos e o Norte, 10.151.
Entre os estados, apenas o Acre registrou saldo positivo, com a criação de 130 vagas com carteira assinada. As maiores variações negativas ocorreram em São Paulo com o fechamento de 103.985 postos; Rio de Janeiro (-35.959), Minas Gerais (-33.695) e Rio Grande do Sul (-32.106). (Abr)
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