Comércio tem queda de 18% em maio

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo, avançou 9,9% em maio na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista. No acumulado em 12 meses, o indicador apresenta queda de 3%. No ano, -9% contra o mesmo período do ano passado.

Já em relação ao mesmo mês em 2019, o varejo apontou uma queda de 18,4%. Após o indicador registrar queda acentuada em abril, o resultado de maio recupera pequena parte dessa perda e interrompe uma sequência de três quedas consecutivas.

Refletindo leve reação do varejo no último mês, com as medidas de estímulo aos empresários e consumidores no combate à crise do coronavírus. Dadas às adversidades provocadas pelo vírus, reduzindo renda e emprego, e as medidas de isolamento social, espera-se que o movimento do comércio siga bastante fragilizado.

Apesar do aumento na base mensal, melhores resultados dependerão da flexibilização das medidas de isolamento e do desempenho dos principais setores da atividade. A boa notícia é que, na análise mensal, o segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou alta de 39,4% em maio após baixa de 83,3% no mês anterior.

Isso descontados os efeitos sazonais, porque nos dados sem ajuste, o segmento passou de vez para o campo negativo e recuou 13,4% no acumulado em 12 meses. A atividade de Supermercados, Alimentos e Bebidas continua evitando perdas significativas, com -0,2% na série dessazonalizada. Na sem ajuste, o acumulado em 12 meses foi de 1,8%.

Já a categoria de Tecidos, Vestuários e Calçados recuou 2,1% no mês, expurgados os efeitos sazonais. No acumulado dos últimos 12 meses houve alta de 5,7%. Por fim, Combustíveis e Lubrificantes apresentou retração de 8,6% em maio considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de –4,6%.

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