Bolsonaro sobe e governadores descem

A rodada de junho da pesquisa XP Ipespe confirma a interrupção na deterioração da imagem do governo de Jair Bolsonaro, que começou com a saída de Sérgio Moro, no final de abril, e se estendeu até o meio de maio. Hoje, o grupo que considera a administração ruim ou péssima caiu um ponto, de 49% para 48%.

O grupo que avalia o governo como ótimo ou bom subiu dois pontos, de 26% a 28%. É o segundo movimento seguido na mesma direção. De maneira semelhante, houve crescimento na expectativa para o restante do mandato (ótimo e bom passando de 27% para 29%, e ruim e péssimo de 48% para 46%).

Na percepção sobre a direção da política econômica, os que acham que está no caminho certo passaram de 27% para 29% e quem considera o caminho errado caiu de 54% para 53%. Também melhorou a avaliação da atuação do presidente Jair Bolsonaro no combatre à pandemia.

Foram feitas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, de 9 a 11 de junho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. Os entrevistados foram questionados sobre os protestos que ocorreram no último domingo: 83% tomaram conhecimento das manifestações contra o governo, e 68% souberam dos atos em apoio ao governo.

Entre os que tomaram conhecimento, as manifestações contra Bolsonaro têm percepção de agir com mais violência: elas agem com violência ou muita violência para 47%, contra 37% que têm a mesma percepção em relação aos atos pró governo.

Em relação ao momento da crise relacionada à pandemia, 31% dizem que o pior já passou (contra 22% em maio). São 52% os que concordam com a flexibilização do isolamento social que está sendo praticada, enquanto 44% discordam da reabertura.

Entre os entrevistados, 34% dizem que alguém no domicílio recebeu o auxílio emergencial pago pelo governo. A compra de alimentos e produtos para o abastecimento da casa é o principal destino dos recursos, apontado por 41%. Pagamento de contas (19%), dívidas (16%) e aluguel (8%) são as próximas na lista.

O delivery também ganhou força e passou a complementar o dia a dia com categorias indulgentes como fast food, pizzas, refeições e pratos prontos. Dentre os brasileiros que pediram comida por entrega, 53% o fizeram de 2 a 3 vezes na última semana. 19% dos que aderiram ao serviço dizem que, mesmo após o coronavírus, pedirão mais do que antes.

Outro destaque foi a alteração a partir da última semana de março no consumo em padarias, que retrai fora do lar, mas cresce dentro. Fora do lar, cafés, snacks salgados, biscoitos e sorvetes são as categorias que mais sofrem perda de penetração. Já refrigerantes e salgados são categorias compradas para abastecimento dentro dos lares.

Bares, redes de Fast Food e restaurantes também são canais impactados pela quarentena, consequência do declínio no índice de consumo de alimentos prontos e cervejas. A retração deve-se majoritariamente à classe AB e a pessoas que trabalham fora.

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