Bahia perde um prefeito diferenciado
Foi sepultado na manhã desta segunda-feira, em Canavieiras, o corpo do ex-prefeito Antonio Almir de Santana Melo (MDB), de 75 anos, que faleceu na tarde de domingo. O velório aconteceu no ginásio da Escola Municipal Professora Noécia Vidal Cavalcanti. Devido ao protocolo do covid-19, só puderam entrar dez pessoas de cada vez.
Almir Melo estava em casa com a família quando sentiu-se mal e foi levado às pressas para o Hospital Municipal Regis Pacheco, infartado. Seu quadro de saúde agravou-se rapidamente e ele não resistiu. Almir foi prefeito de Canavieiras por quatro mandatos, sendo que o último foi encerrado em 2016.
O atual prefeito, Doutor Almeida, decretou luto por três dias. Também foi decretado ponto facultativo no município para que o funcionalismo prestasse sua última homenagem ao ex-prefeito, que teve mandatos em 1976, 1989, 1997 e 2013. No sábado, em uma live, ele havia manifestado o desejo de concorrer a um quinto mandato.
Almir Melo também foi presidente da União das Prefeituras da Bahia em 1978; Diretor do Instituto de Cacau da Bahia (ICB) em 1983 e interventor da AMURC. Atualmente era secretário-geral do MDB na Bahia. Entre suas obras estão as pontes da Atalaia e do Cubículo, na Transouricana.
Também teve participação politica decisiva na pavimentação asfáltica da BA-001, entre Ilhéus e Canavieiras. O jornalista Marcel Leal, que "herdou" a amizade com Almir Melo de seu pai, Manoel Leal, diz que o ex-prefeito "era, acima de tudo, o que a gente chama de um cara legal. Bem humorado, coração enorme, e tinha um amor absurdo por Canavieiras".
Marcel lembra de uma passagem que mostra a vontade de Almir em ajudar as pessoas. "Os moradores de um bairro de Ilhéus, depois de anos insistindo com a Prefeitura sem conseguir resposta, foram a Almir, então diretor do ICB, pedir ajuda para consertar ruas quase intransitáveis. Almir, de imediato, mandou a patrulha do ICB consertar as ruas".
"Estava com ele quando ligaram dizendo que o prefeito mandou expulsar as máquinas dizendo que ali quem mandava era a Prefeitura. Almir pegou o carro e fomos para Ilhéus. Ele subiu em um trator e abriu o verbo: 'o prefeito mandou parar a obra e ir embora, o que voces acham disso?' A turma do prefeito saiu debaixo de vaia e a obra foi terminada".
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