Amurc critica entrevista de Vilas-Boas

A Amurc emitiu uma nota oficial para criticar a entrevista do secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas (foto), em uma emissora de tv de Itabuna. "O secretário faltou com a verdade ao se dirigir a alguns prefeitos da Região Sul da Bahia ao longo da sua fala", diz o documento.

Vilas-Boas afirmou que “houve, por parte das prefeituras, uma letargia inicial na tomada das decisões. Nós tivemos que intervir junto com os prefeitos das duas cidades [Itabuna e Ilhéus] e com todos os demais prefeitos da região para tomar medidas mais restritivas”.

Para a Amurc, neste momento de pandemia "não cabe a nenhum ente federado tencionar o debate, seja por palavras ou ações que não sejam proativas, resolutivas e benéficas à construção de propostas e soluções ao enfrentamento do Covid-19". Ela diz que os municípios agiram dentro de sua responsabilidade legal.

A entidade afirma que os prefeitos decretaram o isolamento social, suspenderam as aulas, o comércio não essencial e shows; restringiram as feiras livres, fizeram barreiras sanitárias, compraram testes e EPIs, contrataram profissionais, ampliaram as unidades de saúde e hospitalares. Mas nada disso é verdade no caso de Itabuna.

O prefeito Fernando Gomes abandonou a cidade logo no início da pandemia, só retornando um mês depois. Não comprou equipamentos, não contratou profissionais, não fez barreiras sanitárias (foram instaladas somente no fim de maio), não ampliou unidades de saúde nem hospitais e só comprou testes no meio de maio.

Segundo a Amurc, "em nenhum momento os gestores municipais transferiram as suas obrigações para quaisquer entes federados, sofrendo às vezes calados pela negligências de alguns". Novamente, não se aplica a Itabuna, onde o prefeito se limitou a seguir as ordens do governador Rui Costa, como no abusivo e ilegal toque de recolher.

"Os gestores municipais vem sofrendo pressões válidas pela reabertura gradativa das atividades econômicas não essenciais, mas vem sendo firmes em não ceder, apesar de compreender os esforços destes segmentos", diz a Amurc.

"Porém, o Estado é responsável pela Média e Alta complexidade. Lhe cabe, portanto, a estruturação das unidades hospitalares que possuem caráter de uso regional. Solicitamos do secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas mais diálogo e ações. Que cada ente assuma o seu papel e responsabilidade perante a crise".

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