Sindicatos abusam explorando o virus

A ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) denuncia a cobrança, por parte de sindicatos, de taxas para homologar acordos que são fruto da MP 936 (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego). As taxas chegam a R$ 500 para homologar acordos de suspensão temporária do trabalho com redução de jornada em até 70%.

Segundo a entidade, os sindicatos têm aproveitado o momento da pandemia do coronavírus e a medida para lucrar com os acordos individuais. O resultado é a inviabilidade do acordo num momento em que as lojas estão fechadas e a consequência é o contrário do esperado, com aumento massivo das demissões.

“Temos lembrado que 70% das lojas são pequenos empreendimentos, onde o proprietário participa da operação e tem 5 ou 6 empregados, mas não tem capital de giro e está em dificuldade. Esse tipo de cobrança é abusiva por parte dos sindicatos e só piora o problema do desemprego”, alerta Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.

Nabil lembra que, com lojas fechadas, há estabelecimentos que estão há um mês sem faturamento. “Já estamos há quatro semanas sob o decreto, agora prorrogado, que proíbe o comércio de abrir as portas. Além de exigirmos um plano de reabertura gradual, temos que lidar com o abuso de sindicatos que querem validar algo que é direito do empregado".

"Uma vez que a contribuição sindical compulsória foi extinta, temos que garantir a liberdade do empregado para celebrar esse acordo com seu patrão sem cobrança de taxas ou qualquer outro nome que se dê a essa contribuição”, finaliza o presidente da ALSHOP. A mesma denúncia já foi feita por outros setores, como o da indústria.

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