MS: cidades podem reabrir o comércio

O Ministério da Saúde estabeleceu novas orientações em relação ao distanciamento social para combater a pandemia do novo coronavírus. Em Boletim Epidemiológico divulgado nesta segunda (6), o órgão cria diferentes formas de isolamento e recomenda regras mais leves para municípios que ainda não estejam com alta ocupação de leitos.

Segundo a nova orientação, há duas categorias de distanciamento: o ampliado e o seletivo. O ampliado é o que foi adotado pelos estados até o momento. Na nova diretriz, os municípios e estados em que os casos confirmados não tenham resultado na ocupação de leitos maior do que 50% da capacidade local devem migrar para a seletiva.

No distanciamento seletivo, apenas alguns grupos ficam isolados, os que apresentam mais riscos de desenvolver a doença ou aqueles que podem apresentar um quadro mais grave, como idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, cardiopatia etc.) ou condições de risco como obesidade e gestação de risco.

Nesse modelo, as pessoas com menos de 60 anos podem circular livremente, desde que não apresentem sintomas da covid-19. Essa transição do distanciamento social ampliado para o seletivo, conforme a recomendação, deve começar na próxima segunda-feira (13).

Já os locais que apresentam incidência 50% acima da estimativa nacional devem manter o distanciamento ampliado até que o estoque de equipamentos, insumos e força de trabalho em saúde estejam “disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo ”, diz o boletim epidemiológico.

As unidades federativas com coeficiente 50% acima da taxa média de incidência são, no balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Distrito Federal. Yodas as outras podem adotar o distanciamento seletivo, incluindo a Bahia, que está bem abaixo do coeficiente.

O distanciamento seletivo possibilitaria a “retomada da atividade laboral e econômica” com “criação gradual de imunidade de rebanho de modo controlado”, diz o MS. Por outro lado, nesse caso “grupos vulneráveis continuarão tendo contato com pessoas infectadas assintomáticas ou sintomáticas, tornando mais difícil o controle”.

A mdança vai ao encontro da posição do presidente Jair Bolsonaro, que vem defendendo a necessidade de retomada das atividades econômicas para impedir ou mitigar prejuízos na esfera da produção.

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