Ilhéus atua contra o virus, Itabuna se omite

É escandalosa a diferença de medidas contra a epidemia de coronavirus entre Itabuna e Ilhéus. A primeira não montou leitos, não contratou UTIs, não contratou médicos e enfermeiros, não comprou equipamentos, não buscou os governos nem fez campanha para esclarecer a população.

E não foi por falta de verbas. A Prefeitura recebeu R$ 13 milhões da partilha do pre-sal em janeiro, mais R$ 8.9 milhões do Ministério da Saúde, mais metade de R$ 23 milhões enviados pelo Governo Federal para a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, além de outras verbas federais.

As únicas medidas foram fechar o comércio, suspender aulas, eventos e o transporte público, e tornar as máscaras obrigatórias para quem estiver na rua. Só. Não existe plano de combate ao coronavirus nemd e assistência às famílias que ficaram sem sustento devido ao isolamento.

Já a Prefeitura de Ilhéus, que recebeu R$ 3,3 milhões do Governo Bolsonaro, comprou equipamentos de proteção, materiais e insumos. Usou R$ 400 mil para a estruturação do Centro de Atendimento Covid-19, com 22 leitos ambulatoriais e 10 de UTI, cujo custeio mensal é de aproximadamente R$ 300 mil.

O município adquiriu em janeiro 5 ventiladores pulmonares e reformou mais 5, dos quais dois estão no Centro de Atendimento Covid-19, seis na UTI do Hospital de Ilhéus e dois no PA da Zona Sul. Além disso, a sexretaria de Saúde fiscaliza os hospitais para manter os padrões necessários de biossegurança.

Nos primeiros três dias, o Centro de Atendimento Covid-19 fez 112 atendimentos, que resultaram em um paciente enviado para internação em hospital e outros mandados para isolamento em casa, com tratamento e monitoramento promovidos pela Sesau. Ilhéus também montou barreiras sanitárias nas entradas da cidade.

21:40  |  


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