Comércio de Itabuna segue fechado
Fracassou a iniciativa dos empresários e comerciários em convencer a Prefeitura de Itabuna a reabrir o comércio na quarta-feira, depois do feriado de Tiradentes. A medida aconteceria mais de 30 dias depois do decreto que suspendeu as atividades do comércio e serviços, quando a cidade registrava dois casos do novo coronavírus.
O recuo de Fernando Gomes aconteceu depois que o vice-prefeito Fernando Vita, o procurador-geral e secretários municipais foram demovidos da ideia pelo Ministério Público estadual. Pela manhã, o prefeito havia telefonado para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Carlos Leahy, que publicou aviso nas redes sociais.
Na sexta-feira passada, o prefeito já havia prorrogado "por tempo indeterminado" os decretos sobre a suspensão do funcionamento do comércio, das aulas municipais, do serviço de transporte e de emergência no município. Depois, decidiu flexibilizar o funcionamento de outra parte do comércio, a partir desta segunda-feira.
A Prefeitura autorizou a reabertura de oficinas mecânicas, revendedoras de pneus, autopeças, lojas de baterias e óleo para veículos. Para a liberação, será exigido que os comerciantes distribuam máscaras para os funcionários e limitem o número de pessoas no interior dos estabelecimentos.
Antes, estavam autorizados a funcionar supermercados, açougues, feira livre, postos de gasolina, verdurões, casas lotéricas, agências bancárias, farmácias, revendedores de água mineral e de gás de cozinha. Itabuna tem poucos casos, mas a cidade não tem leitos de UTI suficientes para a demanda que surgiria com a abertura total do comércio.
O município não tomou qualquer iniciativa para comprar respiradores, ampliar os leitos de UTI do Hospital de Base, contratar médicos e enfermeiros, nem para mitigar a crise econòmica gerada com o fechamento de todo o comércio, que pode destruir o polo comercial da cidade. A Prefeitura sequer prorrogou o IPTU ou o ISS.