Medidas geram demissões e falta sangue

O estoque de sangue na Bahia caiu para o nível crítico, o que significa capacidade para suprir a demanda por apenas 3 dias. O alerta foi feito pela Fundação Hemoba e vale para toda a Bahia. O sangue é necessário apra todas as cirurgias, acidentados, queimados, pessoas com hemorragia, entre outras situações.

A quantidade de doadores, em Salvador e mais ainda no sul da Bahia, caiu para menos da metade por causa das restrições de movimentação tomadas pelas prefeituras para combater o coronavirus. A ausência de transporte e o confinamento em casa praticamente pararam as doações.

Outro efeito do fechamento de praticamente todas as atividades são as demissões em massa. Em Itabuna várias empresas falam em demitir, mas em Ilhéus elas já fazem isso. A Viação Viametro demitiu de uma vez 100 empregados, depois que o transporte foi suspenso por 15 dias na cidade.

A empresa diz que a proibição do transporte coletivo configura caso de força maior e "na impossibilidade de desempenhar as suas atividades, a empresa enfrenta dificuldades financeiras para manter mais de 350 funcionários, com o pagamento de salários associado ao cumprimento da enorme carga tributária".

"Nesse contexto, infelizmente, a empresa foi instada a realizar a rescisão de contratos de trabalho como medida necessária para a manutenção da maioria dos empregos e o pagamento dos respectivos salários, pelo menos até o final do mês". Ela não foi a única.

A OAS demitiu nesta semana 80 operários que atuavam na construção da nova ponte de Ilhéus, mantendo a continuidade da obra com os 150 que ficaram. Fontes sindicais denunciam que os empregados estão trabalhando sem máscara, álcool em gel e luvas descartáveis, o que tem deixado os trabalhadores inquietos.