Governadores já ouvem Bolsonaro
O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (foto) determinou a abertura de parte do comércio do estado. Rocha destacou que a cadeia produtiva da região não deve parar. Foram feitas modificações no último decreto de 20 de março, para ampliar o número de estabelecimentos enquadrados como essenciais.
Devem abrir açougues, panificadoras, supermercados, atacadistas, distribuidoras, lotéricas, caixas eletrônicos, serviços funerários, clínicas de saúde, laboratórios, farmácias, consultórios veterinários, comércio de produtos agropecuários, pet shops, postos, indústrias, obras e serviços de engenharia, oficinas, autopeças, serviços de manutenção, hotéis e hospedarias, escritórios de contabilidade, materiais de construções, restaurantes à margem das rodovias.
Os hotéis e hospedarias deverão servir as refeições, café da manhã, almoço, jantar e afins, de forma individualizada na própria acomodação do hóspede. O governador de Rondônia não foi o único a aceitar a opinião do presidente Jair Bolsonaro, que defende o isolamento racional, caso a caso, oposto ao total.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu que é hora de “facilitar a vida das pessoas” e baixou decreto autorizando a reabertura de lotéricas, correspondentes bancários, lojas de conveniência e mercadinhos localizados em postos de combustíveis.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel autorizou a volta do atendimento bancário nas agências e casas lotéricas, respeitando o limite de 30% de ocupação da capacidade física dos estabelecimentos, que devem reservar no mínimo uma hora por dia para atendimento exclusivo a grupos de risco.
Com 14 casos de covid-19 confirmados até esta sexta-feira (27) no Maranhão e um discurso que ainda considera uma “invenção inexequível” a proposta de isolamento vertical feita pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador Flávio Dino (PCdoB) recuou e já estuda a possibilidade de reabertura imediata do comércio.
O recuo do governador comunista foi sinalizado com a iniciativa de convocar, através de nota da pasta da Indústria, Comércio e Serviços, todas as entidades empresariais a fundamentar por escrito seus pedidos pela abertura imediata de seus segmentos.
A pressão sobre Dino vem principalmente da Assembleia Legislativa do Maranhão que, como medida para amenizar a crise econômica, propôs reduzir ou zerar o ICMS sobre a tarifa de energia elétrica; prorrogar o prazo de recolhimento de impostos para micro e pequena empresa; suspender o IPVA de 2020 no estado até outubro.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), decidiu liberar a circulação de caminhões aos finais de semana nas estradas de acesso à capital. A medida é um aceno aos caminhoneiros que têm se queixado das consequências das medidas de isolamento impostas pelo tucano e, nas redes sociais, têm ameaçado fazer greve.
Os caminhoneiros se queixam da falta de lugares onde se alimentar e descansar nas estradas durante a quarentena e da redução da demanda por serviço. Com as dificuldades dos caminhoneiros, comerciantes têm se preocupado com o abastecimento de produtos e mercadorias.