Comércio de Itabuna refém dos bancos
O novo coronavirus ainda não teve efeito sobre o comércio de Itabuna, mas a greve dos vigias de banco tem mantido todo o setor refém. Os vigilantes estão em greve desde a terça-feira da semana passada e, sem eles, as agências bancárias não podem movimentar dinheiro.
As empresas de Itabuna que precisam fazer saques para pagar funcionários e fornecedores estão impedidas de usar o dinheiro que têm nas contas. As que precisam fazer depósitos diários não podem fazê-los. A situação deixa essas empresas sob risco de assalto e sem segurança para os funcionários.
"Não tenho contrato com o sindicato dos vigias, tenho com o banco. Meu dinheiro está na conta e quero sacar. Não é feriado bancário nem nada. Meu direito está sendo usurpado pelos bancos," reclama um emprésário que foi obrigado a guardar R$ 10 mil em casa por não poder depositar.
"Isso tudo é absurdo. Preciso sacar meu dinheiro para pagar o pessoal. Como é que eu vou fazer? Na semana passada ainda consegui com um amigo, mas e nesta?" reclama o dono de uma loja do centro. Ele observa que nem a CDL nem a ACI parecem preocupadas com os bancos fechados. "Devem guardar o dinheiro em casa", ironiza.
Uma tentativa de conciliação aconteceu na sexta, 13, sem acordo. O TRT-5 mandou que metade dos vigias voltassem ao trabalho, mas isso só garantiu o funcionamento da parte burocrática dos bancos. Saques e depósitos continuam sem funcionar. O julgamento está marcado na Justiça do Trabalho para o dia 23.