Alerta a fumantes e doentes crônicos

Em tempos de pandemia do Covid-19, infectologistas ouvidos pela Agência Brasil dão recomendações sobre como pacientes com quadros respiratórios graves, como asmáticos e os que tem doenças pulmonares crônicas, devem agir.

Para o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José Davi Urbaez, esses pacientes já devem estar em contato com seus médicos, já que, independentemente do novo coronavírus, são pacientes crônicos e devem ser acompanhados constantemente.

“Normalmente, eles usam corticoides inalatórios e broncodilatadores, mas cada uma dessas medições tem sua forma de usar, suas dosagens, diferentes tipos, então nada melhor que combinar isso com os médicos que os assistem”, alertou Urbaez.

Especialista em doenças infeciosas, o doutor Hemerson Luz, acrescenta que para esses pacientes, o atendimento em Pronto Socorro deve ser a última opção. “Com a teleconsulta liberada pelo Conselho Federal de Medicina é possível falar com um profissional médico ou com seu próprio médico, relatar o que está acontecendo e receber orientações".

Ainda segundo Hemerson Luz, todas as pessoas com doenças preexistentes, como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, tem que adotar cuidados extras. Além de lavar as mãos com mais frequência, com água e sabão, devem evitar tocar o rosto, aglomerações, contato próximo e ficar por mais de 15 minutos com outras pessoas.

“Se tiver qualquer pessoa sintomática em casa, essa pessoa deve usar máscara. Essas pessoas também devem respeitar rigorosamente o isolamento social e evitar sair. Há uma falsa sensação de segurança de sair para lugares abertos, mas o botão do elevador, a maçaneta da porta do prédio, o portão de casa podem contaminá-las”.

Os fumantes, segundo os dois médicos ouvidos pela reportagem, também estão no grupo de risco, já que, em geral, têm doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite crônica ou enfisema. Mesmo os fumantes que não apresentam dano tem o pulmão mais vulnerável e estão dentro do grupo de risco.

Mesmo os pacientes com quadros respiratórios graves estando no grupo de risco, até agora, segundo o doutor Hemerson Luz ressalta, a letalidade do coronavírus, ligada à comorbidades, está mais relacionada a pacientes diabéticos, hipertensos e com doenças cardíacas.

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