Policiais văo fazer nova greve de 24h
Continua o tensionamento entre policiais civis e penais da Bahia com o Governo do Estado, depois da aprovação da PEC da previdência estadual na Assembleia Legislativa. Os sindicatos iniciarão, nesta sexta-feira, mais uma paralisação de 24h em repúdio ao que denominam "truculenta e ditatorial condução e aprovação da PEC".
A decisão foi tomada em assembleia na terça-feira e pede ainda a reabertura do diálogo com o governo para discutir a pauta de reivindicações da categoria. Além da paralisação, o coletivo dos policiais decidiu também iniciar, imediatamente e por tempo indeterminado, a "Operação Legalidade".
Ela explora brechas legais para não diligenciar sem a devida expedição da "ordem de missão" pelos delegados; suspender o banho de sol dos custodiados nas delegacias; condicionar a condução de presos para audiências de custódia apenas em casos que o número de agentes da Polícia Civil for maior, entre outros.
A assembleia foi realizada no auditório do Sindae, em Salvador. Ela contou com os deputados estaduais Hilton Coelho (PSOL), Capitão Alden (PSL) e Soldado Prisco (PSC). Durante a votação da matéria na Assembleia, o trio de parlamentares votou contra a proposta da PEC, que foi aprovada numa sessão marcada por grandes tensões.
Um policial civil chegou a sacar uma arma no Plenário, ameaçando o deputado Alan Sanchez. Houve troca de socos e o presidente Nelson Leal foi atingido por ovos, assim como outros parlamentares. Por isso, o Governo do Estado abriu processo administrativo que pode culminar na demissão dos acusados de provocar o tumulto.
