Dono da Yacows confirma Hans River
Em depoimento na CPMI das Fake News, na tarde desta quarta (19), o empresário Lindolfo Antônio Alves Neto, sócio-proprietário da Yacows, negou práticas ilícitas no envio de mensagens nas eleições de 2018.
Segundo o requerimento do deputado Rui Falcão (PT-SP), a empresa é suspeita de utilizar dados fraudulentos, como nomes e CPFs sem autorização, para registro em aplicativos de mensagens e possibilitar o disparo em massa de informações falsas.
Lindolfo Neto confirmou que, durante a campanha das eleições presidenciais de 2018, a Yacows foi contratada para prestar serviços de disparo de mensagens políticas. Ele citou a campanha de Henrique Meirelles (MDB) e serviços para Fernando Haddad (PT).
Falcão disse que a empresa M. Romano foi a responsável pela comunicação da campanha de Haddad. Essa empresa subcontratou a Um por Todos que, por sua vez, subcontratou a Yacows para três disparos de mensagens. Segundo o deputado, tudo ocorreu "dentro da lei".
Lindolfo Neto confirmou que a empresa AM4, que trabalhou para a campanha de Jair Bolsonaro (então no PSL), contratou os serviços da Yacows para o envio de 20 mil disparos. Porém, foram usadas apenas cerca de 900 mensagens, para 900 destinatários.
Lindolfo Neto acrescentou que a agência AM4 forneceu o cadastro de destinatários e destacou não se lembrar do conteúdo das mensagens. Ele também negou que empresas tenham pago por serviços ilegais contra o PT, na época das eleições. E que a Yacows também enviou mensagens em favor da campanha de Rui Falcão.
As informações confirmam o que foi dito pelo ex-funcionário da Yacows, Hans River, que também afirmou que a empresa fazia disparos para a campanha de Lula até o dia em que ele foi preso. No dia seguinte, "mandaram apagar tudo". Com informações do Diário do Poder.