Corpo de Adriano sofrerá nova perícia
Prossegue a novela sobre o destino do corpo de Adriano Magalhães de Nóbrega (foto). Agora deve ser submetido a nova perícia, pelo Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, e não poderá ser cremado até a realização do exame. A decisão é do juiz da comarca de Esplanada, Augusto Yuzo Jouti.
Na tarde de terça o magistrado acatou o pedido do Ministério Público da Bahia e de familiares do ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O laudo do novo exame deve ser apresentado à Justiça baiana em 15 dias.
Na decisão, o juiz determinou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia disponibilize as gravações dos rádios transmissores utilizados pelos policiais no dia da operação. Também determinou que a o governo baiano realize exame papiloscópico nas munições não deflagradas da pistola supostamente encontrada com Adriano.
Adriano era acusado de integrar uma milícia e foi morto em uma operação policial em Esplanada, na Bahia. A decisão do juiz local atendeu a um pedido da Promotoria da Bahia, por meio de um pedido de produção antecipada de prova pelos promotores Dario Kist e Gilber de Oliveira.
Ao justificar a medida, os promotores consideram prematura a liberação do corpo do miliciano para uma possível cremação, já que esta "extinguiria a possibilidade de novos exames necessários à completa elucidação das circunstâncias da morte".
A Promotoria pediu que a Justiça determine que o Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro mantenha intacto o corpo. Pediram ainda que, na nova perícia, sejam analisados elementos como a direção que os projéteis percorreram no interior do corpo, o calibre das armas e a distância da qual os tiros foram disparados.